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uando se fala de universo corporativo, o assunto mais na modinha atualmente é o tema diversidade, principalmente neste mês de junho. Mas como meu amigo Ricardo Sales diz, “pode estar na moda, mas não é modismo”. Falam de diversidade e inclusão. Eu falo de inclusão DA diversidade.
Mas de que diversidade estamos falando exatamente no que diz respeito aos grupos de afinidades que vemos constituídos dentro das empresas? Praticamente todas elas possuem o eixo LGBTQIA+ dentro dos seus comitês, certo? Quais profissionais dentro da sigla são contratados? Pensamos em interseccionalidades e demais marcadores ao trazermos esses talentos para dentro de nossos espaços?
Pior ainda é o cenário nos ambientes que se dizem inclusivos, que ganham prêmios e mais prêmios, e se dizem LGBTQIA+. O que vejo? Uma maioria de gays brancos, cisgêneros e que parecem que frequentam até a mesma barbearia. Pouquíssimas mulheres lésbicas. Bissexuais quase não aparecem. E profissionais transgêneros raramente, muito raramente mesmo, são contratados.
O motivo para serem empresas inclusivas? Dá retorno midiático, agrada o mercado e os consumidores, aumenta-se a responsabilidade social e agrega-se muito valor (e dinheiro) à marca.