Em 2020, a Argentina legalizou o aborto até a 14ª semana, Após as 14 semanas é possível abortar legalmente em casos já previstos pelo Código Penal, vigente desde 1921, que só permitia interromper uma gravidez decorrente de estupro ou que coloque em risco a saúde da gestante. A lei aprovada pelo Congresso não impõe restrições à estrangeiras que desejem abortar no país e o movimento, conhecido como “maré verde”, segue inspirando outros grupos da América Latina. No documentário, ouvimos médicos, mulheres que desejavam a interrupção da gravidez, parlamentares e ativistas

Em 2022, a Suprema Corte da Colômbia descriminalizou o aborto até a 24ª semana de gestação. O país é o primeiro da América Latina a descriminalizar o aborto em um periodo equivalente a seis meses, tornando-se o que tem o prazo mais longo para abortar livremente na região. A decisão foi fruto de muita luta e resistência das mulheres e a demanda veio do movimento Causa Justa pelo Aborto, composto por 100 organizações de mulheres e mais de 130 ativistas colombianas, das quais algumas delas estão presentes no documentário.

No país, o aborto só é permitido em três casos: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto. Nas demais situações, a interrupção da gravidez é considerada crime, de acordo com o Código Penal, de 1940. No entanto, mesmo nos casos permitidos por lei, mulheres, meninas e pessoas que gestam têm dificuldade de acessar os serviços. No Congresso, legislações contrárias a interrupção da gravidez, como o Estatuto do Nascituro, tentar avançar enquanto no Supremo a ADPF 442, que pretende a descriminalização do aborto voluntário até o terceiro mês de gestação.não avança há quatro anos.
