Os votos de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad pelo Brasil

Presidente eleito derrotou o adversário em 16 unidades federativas. Haddad novamente se destacou no Nordeste e venceu em 11 estados do país. O petista teve melhor performance no Piauí e Maranhão, enquanto Bolsonaro foi o mais votado no Acre e em Santa Catarina

Da Redação Gênero e Número

Na votação que elegeu Jair Bolsonaro (PSL) como novo Presidente da República, seu oponente Fernando Haddad (PT) venceu em todos os Estados do Nordeste e em mais dois do Norte (Pará e Tocantins), totalizando 47 milhões de votos. O desempenho não foi suficiente, já que Bolsonaro liderou em 16 unidades federativas e recebeu mais de 57 milhões de votos.

No Piauí, Estado onde teve melhor desempenho, Haddad conquistou 77,05% dos votos válidos. Já Bolsonaro proporcionalmente foi o mais votado no Acre, com 77,22%, seguido de Santa Catarina, com 75,92%. O Estado também elegeu como governador Comandante Moisés, do mesmo partido do presidente eleito, com 71,03% dos votos.

O partido de Bolsonaro fez mais dois governadores neste segundo turno: Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, e Antonio Denarium, em Roraima. Em ambos os Estados, a votação de Bolsonaro também foi expressiva: 72,18% e 71,57%, respectivamente.Depois do Piauí, o Estado em que Haddad foi mais votado foi o Maranhão, com 73,26% dos votos válidos. No Estado, o aliado Flávio Dino (PC do B) havia sido reeleito no primeiro turno como governador. No Rio Grande do Norte, onde Fátima Bezerra (PT) foi eleita a única mulher a comandar o Executivo estadual no país, o petista teve 63,41% dos votos válidos.

O Amapá foi o estado em que as duas chapas quase empataram na proporção de votos válidos. Jair Bolsonaro venceu numericamente com 50,20% dos votos, e Fernando Haddad teve 49,80%. No Amazonas, o cenário foi similar: 50,29% contra 49,71%.

Confira no gráfico a proporção de votos dos dois candidatos.

 

Lola Ferreira

Formada pela PUC-Rio, foi fellow 2021 do programa Dart Center for Journalism & Trauma, da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia. Escreveu o manual de "Boas Práticas na Cobertura da Violência Contra a Mulher", publicado em Universa. Já passou por Gênero e Número, HuffPost Brasil, Record TV e Portal R7.

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