Se as mulheres na ciência têm de passar por um labirinto de cristal – uma série de obstáculos presentes ao longo da trajetória das cientistas e que dificulta e atrasa o percurso delas nesse campo -, as mulheres negras têm de enfrentar um labirinto ainda mais estreito e tortuoso. Um dos dados que atestam a exclusão das pessoas negras da ciência e da pesquisa brasileiras é o fato de que, nos últimos cinco anos, a proporção de bolsistas do CNPq que se identificam como pretos e pardos não chega a 30% – isso em um país com 54% da população negra.
A Gênero e Número conseguiu dados inéditos junto ao CNPq sobre cor/raça de bolsistas de 2013, quando esta informação começou a ser coletada nos currículos de pesquisadores na plataforma Lattes, a 2017. Explore abaixo os números desses últimos cinco anos referentes a cor/raça, gênero, faixa etária, modalidade de bolsa e área de conhecimento dos pesquisadores bolsistas da instituição.