Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

GRÁFICO: Gênero e raça na ciência brasileira

Nos últimos cinco anos, bolsistas do CNPq que se identificam como pretos e pardos não chegam a 30%; gráfico interativo traz dados inéditos acessados pela Gênero e Número sobre cor/raça de bolsistas entre 2013 e 2017

*Por Carolina de Assis

Se as mulheres na ciência têm de passar por um labirinto de cristal – uma série de obstáculos presentes ao longo da trajetória das cientistas e que dificulta e atrasa o percurso delas nesse campo -, as mulheres negras têm de enfrentar um labirinto ainda mais estreito e tortuoso. Um dos dados que atestam a exclusão das pessoas negras da ciência e da pesquisa brasileiras é o fato de que, nos últimos cinco anos, a proporção de bolsistas do CNPq que se identificam como pretos e pardos não chega a 30% – isso em um país com 54% da população negra.

A Gênero e Número conseguiu dados inéditos junto ao CNPq sobre cor/raça de bolsistas de 2013, quando esta informação começou a ser coletada nos currículos de pesquisadores na plataforma Lattes, a 2017. Explore abaixo os números desses últimos cinco anos referentes a cor/raça, gênero, faixa etária, modalidade de bolsa e área de conhecimento dos pesquisadores bolsistas da instituição.

Gráfico desenvolvido pelo Volt Data Lab com a ferramenta Flourish.

Dados abertos: acesse aqui os dados sobre bolsistas do CNPq entre 2013 e 2017.

*Carolina de Assis é editora da Gênero e Número.

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Carolina de Assis

Carolina de Assis é uma jornalista e pesquisadora brasileira que vive em Juiz de Fora (MG). É mestra em Estudos da Mulher e de Gênero pelo programa GEMMA – Università di Bologna (Itália) / Universiteit Utrecht (Holanda). Trabalhou como editora na revista digital Gênero e Número e se interessa especialmente por iniciativas jornalísticas que promovam os direitos humanos e a justiça de gênero.

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