Evani Tuxá

Adriana Amâncio

A rotina de Evani Campos de Oliveira Silva, 46 anos, cacique da aldeia Tuxá Campos, na área rural de Itacuruba, no Submédio São Francisco, era bem agitada, com muitas viagens, reuniões e compromissos sem hora para acabar. Atualmente, além de ter a casa repleta de câmeras, ela só pode entrar ou sair da aldeia antes das 17h. Após esse horário, ela está impedida de se locomover em locais públicos.

Evani está sob a tutela de um Programa de Proteção de Testemunhas do Ministério Público Federal (MPF), que protege defensores de direitos humanos ameaçados de morte. A cacique denunciou a Cooperativa dos Produtores do Vale do Itaparica (Coopvale), empresa que retira as vísceras dos peixes destinados à comercialização.

Ainda que sob ameaça, Evani mantém-se firme e disposta. “Ser cacique mulher em pleno século 21 é desafiador por causa das ameaças, mas quando o dia amanhece eu agradeço a Deus e aos encantados e conto com a força do meu povo, que confia em mim e eu não posso fraquejar”.

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Adriana Amâncio

Jornalista formada pela Universidade Joaquim Nabuco (PE) com 25 anos de experiência em assessoria de comunicação e reportagem nas áreas de direitos humanos, gênero e meio ambiente. É da equipe Inclusão e Diversidade do Colabora – jornalismo sustentável, e já assinou matérias em veículos como o O Joio e o Trigo, Gênero e Número, Marco Zero Conteúdo, ((o)) Eco e Saiba Mais e assinou reportagens para o The Brazilian Report nas eleições 2022. Venceu o edital “Primeira Infância e a cobertura das eleições”, realizado pelos veículos Nós, Mulheres da Periferia, Alma Preta Jornalismo, Amazônia Real e Marco Zero Conteúdo, com o apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Já recebeu o Prêmio Sassá de Direitos Humanos, além de ser premiada por As Amazonas, Abraji e pela Embaixada dos Estados Unidos com o podcast “Cidadãs das Águas”, no curso Podcast: o seu conteúdo para o mundo.

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