Nas Assembleias Estaduais, as mulheres pretas avançaram mais, proporcionalmente, do que as brancas e as pardas, e estarão presentes com o dobro de peso em 2019 do que em 2015, início da legislatura que se encerra neste fim de ano. Elas passaram das sete eleitas em 2014 para 15 eleitas neste pleito. Em compensação, o Mato Grosso do Sul não elegeu nenhuma mulher como deputada estadual e sua assembleia legislativa será formada apenas por homens a partir do próximo ano.
Foram 163 deputadas estaduais e distritais (no DF) eleitas no último domingo (07/10), 37% a mais do que as 119 eleitas em 2014. As pretas passaram de 7 para 15, as pardas de 29 para 36 e as brancas de 83 para 112. Apesar do aumento, elas ainda são 15% do total de deputados estaduais e distritais eleitos no país, a meio caminho do mínimo de 30% exigido entre as candidaturas para estas casas, segundo a lei de cotas.
Apenas sete casas legislativas elegeram pelo menos uma preta: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Amapá. A Bahia inclusive elegeu em 2018 sua primeira deputada estadual preta em 20 anos, Olivia Santana, pelo PCdoB.
São Paulo é o Estado com a maior assembleia legislativa (94 parlamentares) e quase dobrou o número de mulheres eleitas para suas cadeiras, de 10 em 2014 para 18 em 2018. O Rio de Janeiro vem logo em seguida, com 12 mulheres eleitas no domingo (07/10), quatro delas pretas. Três delas são “sementes de Marielle Franco”, pois foram assessoras da vereadora assassinada em março: Mônica Francisco, Dani Monteiro e Renata Souza, todas pelo PSOL.