O discurso de ódio se tornou estratégia de campanha da chapa Jair Bolsonaro (PSL)/Hamilton Mourão (PRTB) e vem encorajando ataques de seus apoiadores contra pessoas que se opõem às ideias do candidato presidencial. Os relatos de violação surgem em todas as regiões do Brasil e vêm sendo noticiados com atenção por parte da imprensa.
[+] Leia mais: ENTREVISTA: Como o discurso de ódio se tornou capital político?
“O policial que me abordou na rua, que me agrediu, que me chutou no chão, que me deu a rasteira, ele olhou para minha cara e falou assim: ‘Ele não? Você acha gostoso? Não era isso que você queria? Eu só tiro você daí se você falar ‘ele sim’”, relatou a cozinheira e doula Luisa Alencar. Os policiais, durante a abordagem, fizeram declarações de apoio ao candidato à Presidência pelo PSL. O fato ocorreu na segunda-feira, dia 9 de outubro, na 64ª Delegacia de Polícia, no bairro Jardim Coimbra, em São Paulo”. Este é um trecho da reportagem “Apoiadores de Bolsonaro realizaram pelo menos 50 ataques em todo o país”, da Agência Pública.
Na Bahia, o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira assassinou no dia do 1º turno das eleições (7 de outubro) o mestre de capoeira Moa do Katendê após discussão política em que o capoeirista havia criticado Bolsonaro e declarado voto em Fernando Haddad (PT).
Diante da escalada de violência, o presidenciável do PSL, que tem feito apologia ao uso de armas durante a corrida eleitoral, declarou que “não considera o clima tão bélico assim”. A Gênero e Número começou a veicular nesta semana uma série de pílulas em vídeo que está disponível para download neste link.
Assista abaixo ao vídeo “#VidaSim”:
O segundo vídeo da série aborda o voto de Jair Bolsonaro, enquanto deputado federal, contra a PEC das Domésticas. A PEC foi uma conquista importante para a categoria, que passou a ter direitos assegurados por leis, como salário-maternidade e auxílio-doença. Questionado, Bolsonaro argumentou que “muitas mulheres perderam seus empregos por causa do excesso de direitos.”
Assista #DireitosSim.