Como vamos garantir que mais mulheres sejam eleitas em 2018? Foi essa a provocação que fez a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, para um grupo de mais de 20 mulheres que participou, na terça-feira (06), em Brasília, do Encontro do Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos. Parlamentares e Secretárias nacionais e estaduais de diferentes partidos debateram os desafios das candidaturas femininas e da ocupação de cadeiras pelas mulheres.
O repasse obrigatório de 5% do Fundo Partidário às mulheres foi o assunto mais quente da tarde. Com autorização do Tribunal Superior Eleitoral para que as legendas utilizem pela primeira vez em 2018 esse Fundo para fins de campanha, existe uma preocupação das mulheres de garantir que o direito não seja suprimido diante de cenários em que candidaturas masculinas venham a ser priorizadas. Embora não repassar o valor mínimo estabelecido por lei possa render retaliações aos partidos, há um temor real de que isso possa acontecer.
“Se você não quer sair do partido, não veja a prestação de contas”. A frase, em tom de crítica, foi dita mais de uma vez por participantes durante o Encontro reservado, onde a Gênero e Número marcou presença como organização parceira da iniciativa “Cidade 50-50: todas e todos pela igualdade”. A fiscalização atenta de repasses para os grupos de mulheres dos partidos foi listada durante a reunião como uma prioridade para este ano. Estavam na reunião lideranças das Mulheres Democratas, da Secretaria Nacional da Mulher do PCdoB, da Ação da Mulher Trabalhista (PDT), PHS Mulher, PMDB Mulher, PMN Mulher, PP Mulher, PPL Mulher, Coordenação Nacional de Mulheres do PPS, PR Mulher, PRB Mulher, PRP Mulher, da Secretaria Nacional de Mulheres do PSB, PSC Mulher, PSD Mulher, PSBD Mulher, PSDC Mulher e da Secretaria Nacional de Mulheres do PT