Sete eleições e poucos avanços
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ntre 2000 e 2024, o Brasil foi às urnas sete vezes em eleições municipais. Nesse período, a legislação de cotas para candidaturas femininas a cargos proporcionais, como o de vereador, foi aperfeiçoada e burlada por partidos e coligações.
Ainda que a cota de 30% de gênero venha sendo cumprida desde as eleições de 2012, ainda há resistência dentro das legendas em impulsionar a competitividade de mulheres e a proporção de candidatas ronda o mínimo em todos os pleitos.
A Gênero e Número mostra em reportagem visual o resultado: apesar do aumento na oferta eleitoral de candidatas, o impacto da lei atual ainda é tímido e insuficiente para ampliar a representatividade de mulheres nas Câmaras Municipais.
Para entender por que isso acontece e o que pode ser feito para mudar o cenário, conversamos com as doutoras em Ciência Política Malu Gatto (University College London) e Débora Thomé (Fundação Getúlio Vargas), autoras do livro Candidatas: os primeiros passos das mulheres na política do Brasil, publicado pela FGV Editora.