O Instituto Mancala está com 30 vagas abertas para a segunda edição do projeto Mukengi — programa de aperfeiçoamento voltado para pesquisadores negros e indígenas. O objetivo é capacitar profissionais para realizarem estudos direcionados às suas comunidades. As aulas teóricas e atividades de pesquisa aplicada terão como tema a fome e a insegurança alimentar. O Instituto Serrapilheira é um dos apoiadores do projeto.
“É fundamental aproximar a ciência do combate à fome, pois aliada a políticas públicas adequadas, ela pode ajudar a trazer soluções a médio e longo prazo”, afirma Hugo Aguilaniu, diretor-presidente do Instituto Serrapilheira.
Para se candidatar a uma vaga no curso é preciso estar cursando ou ter cursado mestrado e/ou doutorado nas áreas de exatas, ciências da vida ou saúde; apresentar o diploma de formação e o Currículo Lattes atualizado; ser negro(a) ou indígena e ter interesse em trabalhar com o tema proposto.
Os cientistas que participarem do curso devem propor soluções para enfrentar a crise alimentar no Brasil, especialmente em comunidades mais vulneráveis.
Estudo publicado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), em 2022, revela que mais da metade (58,7%) da população brasileira está em situação de insegurança alimentar leve, moderada ou grave.
“A insegurança alimentar é um assunto de grande debate público no Brasil. Nós sabemos que as comunidades indígenas e racialmente marginalizadas são as que mais sofrem sem saber se vão comer ou o que comerão na próxima refeição”, destacou Rosani Matoso, fundadora e diretora-presidente do Instituto Mancala.
O programa é dividido em duas etapas: um ciclo de capacitação de três meses e um ciclo de atividade prática de extensão acadêmica, que será realizado em seis meses.
As inscrições estão abertas até o dia 12 de abril e podem ser feitas a partir deste link.