5 gráficos para entender o racismo estrutural no Brasil
Há 135 anos, a escravidão foi abolida no Brasil, mas o racismo não. Até hoje, ele persiste e define os lugares que pessoas negras podem e não podem acessar na sociedade com base na sua raça.
No país onde ninguém admite que é racista, “racismo é a regra e não a exceção”, afirma Silvio de Almeida, atual ministro de Direitos Humanos e Cidadania, em seu livro ”O que é racismo estrutural”.
A obra apresenta três faces do racismo: individual, institucional e estrutural, que têm impacto no acesso à educação, a oportunidades no mercado de trabalho e à representatividade na política. O racismo também se manifesta na violência institucional e provoca sofrimento psíquico em pessoas negras que lidam com ele diariamente.
A derrocada inconclusa do regime escravocrata deu origem ao que chamamos de Racismo à Brasileira, uma iniciativa da Gênero e Número para quantificar o impacto do racismo estrutural a partir de relatos de pessoas negras. Esse racismo que não chega à imprensa nem vira boletim de ocorrência, mas traz consequências graves à vida de quem é vítima dele todos os dias.